Aprecie sem moderação: estreia de Santa Clarita Diet, Nárnia para colorir, Abstract e muito mais

Os lançamentos que foram parar no nosso radar nesta semana.

Atualizado em 27/06/2019 · 17:52 (BRT)

Famosa pelas comédias românticas, Drew Barrymore domina a cena em “Santa Clarita Diet” (Foto: Saeed Adyani / Netflix)

Prometendo um investimento de US$ 6 bilhões (R$ 19 bilhões) em conteúdos originais, a Netflix deve dominar o ano. Queridinha dos assinantes, a empresa global de streaming também conseguiu levar os principais prêmios da crítica nesta temporada. E o ritmo de lançamentos segue acelerado com várias novidades imperdíveis entrando no catálogo.

SÉRIE // Santa Clarita Diet (2017, Duração: 30min/ep, Classificação Etária: 16 anos)

Sheila e Joel, um casal tranquilo do subúrbio tem a rotina virada de cabeça para baixo quando a esposa passa por uma transformação assustadora. Sem nenhuma explicação, ela começa a se alimentar de carne humana. Ou melhor, ela morreu e virou uma espécie de zumbi. Essa é a pegada da nova comédia da Netflix, criada por Victor Fresco.

Meio apagada depois de duas décadas interpretando típicas mocinhas de comédias românticas, daquelas bem açucaradas, Drew Barrymore não desperdiçou nenhuma cena de Santa Clarita Diet. A atriz transmite a Sheila um misto de carisma e cinismo que sustenta os dez episódios.

Timothy Olyphant também está ótimo como Joel, o marido esforçado que tenta lidar da melhor maneira possível com as repentinas mudanças de comportamento da esposa.

Outro mérito da série é não se levar a sério em nenhum momento. Em uma abordagem inusitada, sendo mais próxima de iZombie do que The Walking Dead, a produção desenha sua própria mitologia com sangue, vísceras e boas sacadas. Os diálogos são ácidos e sujos (para quem não gosta muito de palavrões, a dublagem em português ameniza o vocabulário).

Apesar de numerosas, as cenas com violência gráfica são cautelosamente contextualizadas no enredo. Não soam gratuitas nem desnecessárias. Todas as vítimas de Sheila são ruins e os personagens sentem remorso o tempo todo. Afinal, ainda é comédia familiar. Em cada final de episódio tem uma valiosa lição a ser aprendida: seja sobre família ou como não deixar um fêmur dando sopa no quintal.

(Fotos: Saeed Adyani / Netflix)
(Fotos: Erica Parise / Netflix e Saeed Adyani / Netflix)

Confira o trailer legendado:

https://youtu.be/qobxBv9x3Qk

SÉRIE // Abstract: The Art of Design (2017, Duração: 45min/ep, Classificação Etária: 12 anos)

Platon, o premiado fotógrafo é um dos profissionais documentados na série “Abstract: The Art of Design” (Foto: Barbara Nitke/Netflix)

Depois do sucesso de Chef’s Table, a Netflix aposta em mais uma série documental, agora sobre o universo do design. Cada um dos oito episódios da temporada mergulha no trabalho de profissionais brilhantes, entre eles o ilustrador Christoph Niemann, a designer gráfica Paula Scher e o renomado fotógrafo Platon. Fascinante e instigante, Abstract amplia a noção comum do público geral sobre a importância do design. Os mais entendidos da área vão se apaixonar ainda mais. Afinal, nada como aprender sobre os processos criativos dos designers mais inovadores da atualidade.

Confira o trailer:

LIVRO // As Crônicas de Nárnia: O Livro Oficial de Colorir (C.S. Lewis; Pauline Baynes, WMF Martins Fontes, R$ 44,90)

(Foto: Divulgação)

Todo mundo já ficou meio que de saco cheio da febre dos livros de colorir. Mas a versão de colorir da série As Crônicas de Nárnia vale a pena justamente pelo resgate dos desenhos originais da ilustradora Pauline Baynes(1922–2008), responsável pelos sete romances da saga e outros 100 livros.

Ao todo, Baynes produziu 350 desenhos sobre o universo mágico de C.S. Lewis, entre animais, criaturas mitológicas e mapas. Os traços minuciosos da artista valorizam o uso do preto e branco de tal forma que dá até pena que colorir os desenhos.

Neste caso, apreciar os desenhos originais e as citações talvez seja a melhor forma de interagir com a obra de Pauline Baynes e C.S. Lewis.

MÚSICA // Chained to the Rhythm (single) (Katy Perry, Capitol Records)

Depois de três quase três anos sem músicas inéditas, Katy Perry retorna com o single Chained to the Rhythm, uma mistura de pop disco com reggae. Aliás, Skip Marley, neto de Bob Marley, participa da faixa. E tem mais: a composição da letra foi feita por Katy em parceria com Sia.

Lançada no final da semana passada, a faixa Chained to the Rhythm funciona muito bem como uma crítica social e soa coerente como balada. Tamanho atrevimento não resultou (ainda) em um lançamento espetacular como registrado em singles anteriores. Se flopou ou não, a única certeza é que Katy não é do tipo de artista que se mantém na zona de conforto.

Dirigido por Aya Tanimura, o vídeo letrado é uma gracinha, com filmagens de comidas em miniatura e a presença do hamster Mr. Parsons. Assista:

FILME // LEGO Batman: O Filme (2017, Duração: 129 min, Classificação Livre)

O longa de animação é descaradamente um fan service. Caricato mas respeitoso, o filme entrega boas piadas, referências e um enredo que homenageia a história do icônico herói dos quadrinhos da forma mais honesta possível.

Afinal, o LEGO no nome não disfarça que a produção também é um comercial de uma extensa lista de brinquedos e produtos licenciados.

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