◉Atualizado em 30/04/2020 · 17:33 (BRT)
Ana Beatriz Silva
Conhecer paisagens incríveis, experimentar a culinária típica, vivenciar momentos incríveis e — talvez o principal — não ir à falência depois da viagem. Essas são as principais expectativas da secretária executiva Tassia Augusto quando planeja seu próximo destino de férias. “Evito lugares muito turísticos, procuro sempre conversar com os locais e descobrir o que fazer de melhor nas cidades”, conta.
Tassia, que mora na capital paulista, adora paisagens naturais e até mochilou por um mês pela América Latina. O caso exemplifica com exatidão o perfil dos millennials sobre o hábito de viajar. Gostam de explorar e anseiam por experiências agregadoras em detrimento de destinos típicos oferecidos em pacotes, como também são cada vez mais interessados no assunto, de acordo com os últimos seis levantamentos do Ministério do Turismo.
A paixão por conhecer lugares novos foi justamente o que uniu o casal Fernanda Arantes e Rurik Ayub, de Agudos, no interior de São Paulo. Eles já conheceram juntos mais de 20 países como Alemanha, Estados Unidos, Filipinas, Grécia, Tailândia e Turquia. “Sempre buscamos por destinos mais longes por pensar que, no futuro, talvez com filhos, não tenhamos a mesma disposição e tempo”, afirma Fernanda.
O casal criou até uma conta no Instagram, o @viajandocomamor, para compartilhar fotos e dicas sobre as viagens. Inclusive, o perfil faz sucesso e acumula mais de 80 mil seguidores atualmente. “Queríamos compartilhar dicas que não encontrávamos com facilidade e que poderiam facilitar a vida de outros viajantes”, explica a publicitária Fernanda Arantes.
Planeje e pesquise o máximo que puder
Fernanda e Tassia afirmam que é possível ter a viagem dos sonhos sem transformar a realidade financeira em um pesadelo. O equilíbrio, neste caso, consiste em um planejamento meticuloso. “A dica é procurar em vários sites, ter datas flexíveis e evitar a alta temporada. Para viajar com frequência, a gente tenta comprar passagens aéreas com milhas. Assim, economizamos muito e conseguimos viajar mais”, diz a publicitária.
Na internet dá para pesquisar e analisar os preços de passagens aéreas e hotéis em diferentes datas, uma boa opção para aqueles que conseguem programar o período das férias. Para evitar que o orçamento decole demais, Tassia também pesquisa aspectos como o roteiro, a melhor época do ano para visitar a cidade, lugares para acomodação e passeios realmente indispensáveis.
“Sempre comparo os hostels e leio as avaliações para saber o que esperar. Alguns blogs já trazem planilhas de certos roteiros com essas informações, o que ajuda demais”, enumera Tassia. Mais em conta que os hotéis convencionais, os albergues são conhecidos pelos espaços compartilhados, embora alguns ofereçam quartos privativos para o hóspede, por exemplo. “Busco os melhores e fico em quarto com bastante gente, não ligo. São ótimos para quem viaja sozinho. Você faz amigos, a galera é super viajada e descolada”, afirma.
Além disso, os gastos com alimentação, transporte e atividades devem constar no planejamento antes mesmo da viagem, como sugere Tassia. “Tento comer a comida típica do lugar em um restaurante badalado no primeiro dia, mas nos outros faço as compras no mercado, divido a conta com os amigos”. E claro, resistir a tentação de afundar o cartão de crédito nas lojas de souvenirs.
A dica de Fernanda é utilizar a internet para pesquisar o máximo que puder.
“Na maioria das vezes, compensa comprar um ticket de entrada, alugar um carro, comprar uma passagem, reservar um hotel pelo próprio site do estabelecimento. Dá trabalho procurar tudo isso, mas para quem quer economizar é essencial”, comenta a publicitária Fernanda Arantes.
Imprevistos sempre ocorrem. “O que já aconteceu foi de sofrer com intoxicação alimentar em países com culinária muito diferente, já ficamos sem água quente não ter eletricidade a partir de determinado horário. Mas tudo em uma viagem é válido”, complementa Fernanda Arantes. Alguns perrengues podem ser evitados, separando antecipadamente a documentação exigida em viagens, seguro e a receita médica de remédios de uso contínuo, no caso da insulina e antibióticos, por exemplo.
Para quem está com a grana curta, tem medo de viajar ou não tem muito tempo, dá para aprender bastante explorando os pontos turísticos das cidades vizinhas. É possível passar um fim de semana —aquele famoso bate-volta — e ainda aproveitar o que a região tem de melhor para oferecer.