ZACH indica ‘Guerra Civil’, Fresno, retorno do ‘Foro de Teresina’ e mais

Confira nosso cardápio de indicações para aproveitar o ócio do feriado, que inclui ainda o romance inédito de Celso Costa e a série animada “X-Men ’97”.
Fresno, Wagner Moura, X-Men '97 e Celso Costa estão entre os destaques da Semana (Foto: Camila Cornelsen/Divulgação; Cortesia de A24; Disney e Nato Bigio/Divulgação)
Fresno, Wagner Moura, X-Men ’97 e Celso Costa estão entre os destaques da Semana (Foto: Camila Cornelsen/Divulgação; Cortesia de A24; Disney e Nato Bigio/Divulgação)

Atualizado em 29/04/2024 · 19:14 (BRT)

Uma das apostas mais ambiciosas — e bem sucedidas — do descolado estúdio A24 até agora, o filme distópico ✶“Guerra Civil”, em cartaz nos cinemas, ultrapassou a marca de US$ 70 milhões em bilheterias. A banda Fresno prova que o emo continua relevante com o disco inédito ✶“Eu nunca fui embora”. ◘ O podcast ✶“Foro de Teresina” está de volta com uma nova bancada e com a mesma análise refinada do noticiário político de sempre. ◘ Segundo romance do escritor e matemático Celso Costa, A arte de driblar destinos” mergulha nas raízes paranaenses do autor para dar origem a uma narrativa sobre o Brasil profundo. ◘ A série animada mais assistida e comentada do momento, ✶“X-Men ’97” entra na reta final da temporada.

‘GUERRA CIVIL’

Habituado ao gênero de ficção-científica, o diretor Alex Garland (“Ex_Machina: Instinto Artificial”, “Aniquilação”) mergulhou na distopia social ao extrapolar a presente polarização política dos Estados Unidos em “Guerra Civil”. O resultado é uma mistura de thriller de ação e road movie, situado em um futuro não tão distante onde o país está desolado por uma convulsão civil violenta, rachado em blocos de estados insurgentes ou aliados de um presidente tirano com tendências fascistas que se mantém no poder por três mandatos seguidos.

Wagner Moura, Kirsten Dunst em "Guerra Civil" (Foto: Murray Close/Divulgação/A24)
Wagner Moura, Kirsten Dunst em “Guerra Civil” (Foto: Murray Close/Divulgação/A24)

Seguindo rumores de uma operação das forças rebeldes para derrubar o mandatário, uma trupe de jornalistas da Reuters embarca em uma viagem perigosa rumo à Casa Branca para registrar o iminente acontecimento. Interpretados por Wagner Moura, Kirsten Dunst, Cailee Spaeny e Stephen McKinley Henderson, os profissionais testemunham ao longo do trajeto cenas de chacinas contra imigrantes, da decadência econômica e da radicalização em seu ápice. 

Trata-se também da produção mais cara e atrevida do estúdio independente A24, que bancou um orçamento de US$ 50 milhões. O barulho em torno do filme se reverteu em sucesso nas bilheterias, ultrapassando outros êxitos recentes da distribuidora, como “Moonlight: Sob a Luz do Luar” e “A Baleia”. (Duração: 1h49; Classificação indicativa: 18 anos)

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‘X-MEN ’97’

A série animada “X-Men ’97” marca o retorno triunfal dos mutantes da Marvel às telas, após o selo pertencente à Disney retomar os direitos de adaptação, graças à aquisição da então 20th Century Fox. Sequência direta da animação exibida nos anos 1990, a série vai muito além da nostalgia e entrega uma das produções mais ousadas do estúdio. 

Cena de ‘X-MEN ’97’ (Foto: Disney+/Divulgação)
Cena de ‘X-MEN ’97’ (Foto: Disney+/Divulgação)

Sem a liderança do Professor Xavier, os mutantes do instituto tentam seguir em frente, lidando com um mundo hostil e novos desafios o que inclui enfrentar grupos de ódio, demônios, alienígenas interdimensionais e uma conspiração global. Mas o foco central da série está nas relações entre os membros da equipe, que formam uma verdadeira família, mesmo que disfuncional. E por isso os X-Men são tão identificáveis: cometem erros, vacilos, traições, atos de amor e altruísmo.

“X-Men ’97” reimagina com maestria arcos narrativos marcantes dos quadrinhos, preservando a essência das alegorias e da crítica social que sempre permearam a saga dos mutantes. E traz reflexões necessárias sobre o preconceito contra minorias sociais e a proliferação do discurso de ódio na sociedade. Disponível no Disney+. (Episódios semanais; Classificação indicativa: 14 anos)

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‘FORO DE TERESINA’

O podcast de política da revista “piauí” voltou com novos integrantes, mas a análise afiada do noticiário permanece intacta. (Ouça aqui). Ancorado pelo jornalista Fernando Barros e Silva, baseado em São Paulo, o “Foro de Teresina” passou a contar também com a repórter da revista Ana Clara Costa e o sociólogo Celso Rocha de Barros, diretamente do Rio de Janeiro. Em cada episódio, o programa disseca os assuntos que marcaram a semana, a partir de uma contextualização aprofundada, trazendo os diversos ângulos, nuances e perspectivas envolvidas, além de bastidores e apurações inéditas. Produzido pela Rádio Novelo, o podcast tem edições semanais, sempre às sextas-feiras. (Duração: 1h/aprox. por episódio)

‘EU NUNCA FUI EMBORA’

Mais do que uma celebração pelos 25 anos de carreira, o décimo álbum de estúdio da banda Fresno, “Eu nunca fui embora”, é um posicionamento de que o emo está “vivíssimo”. (Ouça aqui) Ao longo de sete faixas, a primeira parte do disco mescla as diferentes nuances dos relacionamentos, contemplações cotidianas, um pouco de factual e uma certa dose de irreverência. Além da música-título, a leva de canções inéditas inclui “Quando o pesadelo acabar”, “Me and you (Foda eu e você)”, Eu te amo/Eu te odeio (Iôiô), que traz a participação de Pabllo Vittar na releitura pop punk do icônico single “Io-Io”, do Trem da Alegria com a Xuxa (1988), “Camadas”, “Pra sempre e Interlude”. (Elemess; Duração: 24min)

Fresno lança seu 10° álbum de estúdio (Foto: Camila Cornelsen/Divulgação)
Fresno lança seu 10° álbum de estúdio (Foto: Camila Cornelsen/Divulgação)

‘A ARTE DE DRIBLAR DESTINOS’

Capa de "A arte de driblar destinos" por Estúdio Arado (Foto: Divulgação/Fósforo)
Capa de “A arte de driblar destinos” por Estúdio Arado (Foto: Divulgação/Fósforo)

Autor de “A vida misteriosa dos matemáticos”, Celso Costa examina suas memórias de infância no Paraná e os “causos” do interior do país em seu segundo romance, “A arte de driblar destinos”. O cerne da narrativa situada nos anos 1960 é um garoto nos rincões do estado e a luta cotidiana de sua família para contornar o futuro decretado pela pobreza. (Disponível aqui).

Uma realidade violenta, patriarcal e quase desprovida de ternura, numa trama que borra os limites entre autobiografia e crônica para tecer um mosaico vívido da época, descrevendo as touradas, a tradição popular e os costumes regionais, e também os esforços de uma mãe que vê na educação do filho uma forma de superar esse destino quase incontornável. Livro vencedor do prêmio Leya 2022. (288 páginas; editora Fósforo; a partir de R$ 84,90)

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