◉Atualizado em 30/04/2020 · 21:02 (BRT)
O Tinder vai começar a alertar usuários LGBTQ que utilizarem o aplicativo durante viagens em países onde as relações entre as pessoas do mesmo sexo são ilegais. Apresentada nesta quarta-feira (24), a função estará disponível já na próxima atualização do app de paquera e inclui 70 territórios. O recurso também vai ocultar automaticamente os perfis de LGBTs com base na geolocalização e nas preferências de namoro.
A punição contra a homossexualidade varia de lugar para lugar, mas em pelo menos nove territórios – incluindo a Arábia Saudita e o Irã – os acusados de manter relações homoafetivas estão sujeitos à pena de morte.
De acordo a rede social, a medida tem o objetivo de conscientizar os usuários sobre os perigos potenciais que a comunidade LGBTQ está sujeita nesses países e tomar precauções extras de segurança. Assim que receber o alerta de viagem sobre os possíveis riscos, o usuário poderá escolher se quer ou não manter o perfil público para se conectar e realizar matches.
Mesmo se decidir manter público, a orientação sexual ou identidade de gênero da conta será removida temporariamente do perfil para proteger o usuário da aplicação da lei local ou de outros indivíduos que possam usar essas informações para fins escusos. O recurso também vale para os usuários que utilizam o recurso “Passaporte”, em que é possível interagir e conhecer pessoas em qualquer lugar do mundo.
Outros aplicativos de namoro, incluindo o app de encontros gay Scruff, já enviam alertas semelhantes. A função foi desenvolvida em parceria com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexos (Ilga World, em inglês), que contribuiu com o mapeamento dos países com leis anti-LGBTQ e com dicas de segurança que estarão disponíveis na plataforma nos próximos dias. A rede social de namoros atinge atualmente mais de 3,8 milhões de usuários, entre contas gratuitas e assinaturas pagas.