◉Atualizado em 02/02/2025 · 21:14 (BRT)
Ministros do governo Lula (PT) que retomaram, neste sábado (1º), seus mandatos parlamentares no Senado e na Câmara por conta das eleições no Congresso andaram pelo local usando como acessório um boné azul bordado com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. O acessório se contrapõe ao famoso boné vermelho do “Make America Great Again”, principal slogan do presidente dos EUA, Donald Trump.
De acordo com o jornal O Globo, a ideia veio do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em resposta a políticos de direita que exibiram recentemente o boné, que é uma das marcas registradas do trumpismo, classificando os gestos como bater “continência” para outro país.
O recado do boné reforça a importância da soberania nacional, segundo Padilha. A frase é atribuída ao novo ministro responsável pela Comunicação Social do governo, o publicitário Sidônio Palmeira.
Além de Padilha, participaram da ação os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Camilo Santana (Educação), informou a CNN Brasil. Também usou o boné o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues.
🟋 NOTÁVEL / Ainda de acordo com Padilha, foram confeccionados 10 exemplares do modelo, pagos do próprio bolso. O uso do acessório para marcar uma posição política também não é novidade dentro do governo. O boné vermelho com o logotipo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) virou adereço descolado na esquerda brasileira nos últimos anos, assim como o boné bordado com a sigla CPX, abreviação usada pelos cariocas para se referir aos conjuntos de favelas do Rio de Janeiro. O ufa
⧒ QUEM DISCORDA/ No campo da oposição, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu ao adereço em sua conta no X, afirmando que o governo tem “intenção em prospectar” um conflito diplomático com Trump.
✂ RECORTE DO FATO/ Não há indícios se o boné vai ser adotado em outras ocasiões para marcar uma posição simbólica — direcionada tanto na altivez na política externa quanto na interna, dada a controvérsia após o governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep-SP), que usou o boné “MAGA” para celebrar a posse de Donald Trump. Mas é um dos primeiros esboços de reação do Planalto com a chegada de Sidônio à frente das estratégias de comunicação de Lula, tentando superar o histórico de dificuldades em emplacar uma agenda favorável na opinião pública, sobretudo nas redes sociais.
