‘Tarsila Popular’ e outros rolês culturais para conferir em SP antes do fim do mês

Exposição do MASP com obras da pintora modernista termina neste domingo (28). Festival “Anima Mundi” também se encerra neste final de semana.
Autorretrato (1924)/Pintura de Tarsila do Amaral.

Atualizado em 14/04/2022 · 18:25 (BRT)

Tiago de Moraes

Mostra que celebra a artista mais importante do modernismo brasileiro, “Tarsila Popular” chega ao seu último dia de exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp), neste domingo (28). O sucesso estrondoso de público, com mais de 350 mil visitantes e filas quilométricas, motivou o Masp a ampliar o horário de funcionamento até a meia-noite. A partir das 19h, a entrada é gratuita. “Vaivém” no Centro Cultural do Banco do Brasil, “E para que poetas em tempo de pobreza?” no Instituto Tomie Ohtake e a edição paulista do festival “Anima Mundi” estão entre as exposições e eventos que também terminam até o fim do mês.

A exposição do Masp sobre a pintora Tarsila do Amaral (1886-1973) reúne 92 trabalhos, entre pinturas e desenhos, incluindo “Abaporu”, a obra mais famosa da artista, que veio emprestada diretamente do acervo de Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), após 11 anos longe da capital paulista — trazendo toda a pompa e circunstância que o legado de Tarsila merece.

Além da oportunidade única de conhecer o retrato símbolo do Manifesto Antropófago, o marco do movimento modernista brasileiro, a mostra ressalta o pioneirismo da pintora em diferentes momentos da carreira: o uso ousado das cores vivas, das formas geométricas e o seu interesse humano pelas cenas contrastantes e periféricas da sociedade brasileira. Quem quiser conferir a exposição no último dia terá que ter muita paciência, pois a previsão é de filas gigantescas e salas lotadas.

Obra “Abaporu” foi emprestada pelo Malba, na Argentina, para a exposição “Tarsila Popular”. (Foto: Reprodução/Pintura: “Abaporu” (1928)/Tarsila do Amaral)

Festival Anima Mundi

O “Festival Anima Mundi” encerra sua 27ª edição neste domingo na capital paulista repleto de atrações para toda a família. O evento exibe uma seleção de curtas e longas-metragens de animação de vários países –como França, Letônia e Canadá— em sessões especiais, competitivas e temáticas, trazendo histórias premiadas internacionalmente em eventos do gênero, as tendências, bem como atividades voltadas aos pequenos.

Entre os destaques do dia, o público poderá conferir uma roda de conversa com o animador e diretor Fernando Miller, às 19h30 no Itaú Cultural; uma sessão de curtas selecionados por Marcel Jean, diretor artístico do Festival de Annecy, na França, às 19h no Petra Belas Artes; e um estúdio aberto na Unibes em que as crianças poderão aprender mais sobre o desenvolvimento das animações. A programação completa está disponível no site do Festival.

Festival Anima Mundi – Itaú Cultural: Av. Paulista, 149 – Bela Vista, São Paulo; Petra Belas Artes: R. da Consolação, 2423, Consolação, São Paulo; IMS Paulista: Av. Paulista, 2424, Consolação, São Paulo; Unibes Cultural: Rua Oscar Freire, 2500, Sumaré, São Paulo; ingressos: R$18 (inteira) / R$9 (meia); exceto no Itaú Cultural, onde a programação é gratuita.
Cena da animação “Animals”, da Dinamarca. (Foto: Divulgação/Festival Anima Mundi)

Vaivém

Brasileiro que é brasileiro ama descansar em uma rede. A exposição “Vaivém”, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) apresenta ao público mais de 300 obras de quase 140 artistas, do século 16 até a contemporaneidade, que registram a presença das redes de dormir na iconografia nacional, valorizando a peça como parte integrante da identidade cultural brasileira. Dos trabalhos mais recentes, 32 peças foram produzidas por artistas indígenas especialmente para a mostra.

CCBB – endereço: R. Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo. Dom e segunda: 9h às 21h; Até 29/7; classificação indicativa: livre; mais informações pelo site: culturabancodobrasil.com.br. Grátis.
Mostra traz obras de arte que registram o uso das redes de dormir. (Foto: Divulgação/Pintura: “A rede” (2008)/Dalton Paula

E para que Poetas em Tempo de Pobreza?

Com a curadoria de Priscyla Gomes, a mostra no Instituto Tomie Ohtake celebra os 30 anos da exibição do longa-metragem homônimo, o primeiro do cineasta paulistano Carlos Adriano, uma compilação de reapropriações poéticas de documentos usados na obra, método conhecido como found footage. Aberta para visitação até o dia 28, a seleção traz um recorte de trabalhos recentes do diretor, pertencentes à série “Sem título”.

Instituto Tomie Ohtake – endereço: R. dos Coropés, 88, Pinheiros, região oeste. Das 11h às 20h; classificação etária: livre. Grátis. 
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