“Escrevi um livro infantil inspirada na vivência com meu filho autista”

A servidora pública Natália Rodrigues Graciano Shimamura mergulhou nas próprias mémorias das primeiras brincadeiras do filho para difundir uma mensagem de inclusão.
Natália Rodrigues Graciano Shimamura é servidora pública municipal, formada em Pedagogia e mãe de autista (Foto: Arquivo Pessoal/Arte: ZACHPOST)
Natália Rodrigues Graciano Shimamura é servidora pública municipal, formada em Pedagogia e mãe de autista (Foto: Arquivo Pessoal/Arte: ZACHPOST)

Atualizado em 07/05/2024 · 15:20 (BRT)

Em meio à pandemia, a servidora pública municipal de Bauru (SP), Natália Shimamura, descobriu em um novo papel: o de escritora infantil. Não que conciliar várias funções seja incomum na sua rotina. Formada em Pedagogia, Natália se desdobra entre trabalho, estudos e a maternidade. E foi na vivência com o filho autista que encontrou inspiração para a história de sua primeira obra publicada, O menino e seu carrinho azul com rodinhas laranjas” (editora Flamingo, a partir de R$39,90). 

“O livro é a história dele e aborda o autismo de uma maneira leve, através das experiências de uma criança”, conta. A ideia surgiu de uma lembrança das primeiras brincadeiras do filho com o carrinho favorito. 

“Escrevi sem a pretensão de virar um livro. Graças a Deus, deu tudo certo. Minha principal função é a de mãe, mulher que trabalha bastante e consegui realizar isso. Meu principal objetivo é difundir a inclusão”, acrescenta Natália Shimamura.

Isso vale tanto para as crianças que podem aprender mais sobre conviver com as diferenças quanto para os pais e familiares. “O diagnóstico em si não é algo fácil. Quando há aceitação, esse processo fica menos denso. No caso do meu filho, ao observar algumas características de maneira precoce, a informação na verdade foi um alívio, pois a partir do laudo finalmente pude buscar as intervenções adequadas para ajudar no desenvolvimento dele”, diz.

(Foto: Divulgação/Flamingo)

Shimamura é membro do Lions Clube Bauru Autismo e tem contribuições no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Bauru. Apesar de avaliar como positivas as representações recentes de pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em produções culturais, a autora pondera que é necessário diversificar cada vez mais as abordagens. “Um autista é diferente do outro em grau de suporte como nas características. Esse cuidado [com as narrativas] evita estigmas e rótulos”.

Total
0
Shares

✶Relacionados

Nós utilizamos cookies e tecnologias semelhantes. Ao continuar navegando, entendemos que você concorda com o uso desses recursos para aprimorar sua experiência neste site. Conheça nossa política de privacidade.