◉Atualizado em 29/01/2025 · 09:28 (BRT)
◘ Estreando nos cinemas nesta semana, ✴”Anora”, o novo e alucinante filme de Sean Baker, está entre os favoritos da temporada de premiações. ◘ Disponível na Max, a série ✴”The Pitt” acompanha minuto a minuto de um plantão caótico em um pronto-socorro. ◘ Bad Bunny está de volta com ✴DeBÍ TiRAR MáS FOToS, álbum que já é considerado um clássico instantâneo. ◘ Relato contundente do Holocausto, ✴“Crematório Frio” é traduzido em português 70 anos depois de publicado. ◘ E o Masp destaca obras e narrativas queer e trans na exposição ✴“Histórias LGBTQIA+”.
“The Pitt” (Max)
O mais recente drama médico é a junção perfeita da estrutura narrativa de “24 horas” e o realismo de câmeras em punho de “ER”, trazendo da série um dos produtores executivos, John Wells, e o protagonista, Noah Wyle. Essa combinação, inclusive, gerou uma polêmica jurídica com o espólio do criador do sucesso dos anos 90. Cada episódio acompanha uma hora de um plantão diurno em um pronto-socorro de Pittsburgh à beira do colapso. Wyle interpreta o Dr. “Ross” Robinavitch, um médico sobrecarregado responsável por residentes, internos e enfermagem, enquanto todos oscilam entre a sutileza e a tensão máxima dos casos que chegam, enfrentando a superlotação e os desafios do contexto pós-pandêmico. (Episódios semanais; Classificação indicativa: 18 anos)
“Anora”
Uma das principais apostas indicadas ao Oscar deste ano, o novo filme de Sean Baker (Projeto Flórida) subverte a fórmula da comédia romântica à la ‘Uma Linda Mulher’. A trama acompanha Anora (Mikey Madison), uma trabalhadora do sexo de Brooklyn, que acaba se envolvendo com o filho de um oligarca russo, com quem se casa impulsivamente em uma das noitadas. A euforia inicial da ascensão social se dissolve quando a poderosa família do noivo tenta anular o casamento, o que obriga Anora a encarar um cenário hostil e cada vez mais complicado. Baker explora as nuances de um relacionamento frágil, e desafia as expectativas do gênero ao oferecer uma visão crua do amor em tempos modernos. (Duração: 2h19; Classificação indicativa: 18 anos)
DeBÍ TiRAR MáS FOToS, de Bad Bunny
O registro mais pessoal do popstar porto-riquenho até agora, o sexto álbum de estúdio de Bad Bunny passeia entre desilusões amorosas a reflexões sobre território, memória e pertencimento. Benito se mantém na vanguarda do reggaeton e não desperdiça a oportunidade de resgatar as paixões musicais que marcaram sua própria infância, como a plena, jíbaro e salsa, criando uma sonoridade única e vibrante enquanto expõe os efeitos do colonialismo dos EUA em sua terra natal. (Rimas; Duração: 1h2min)
“O Crematório Frio”, de József Debreczeni
Redescoberto recentemente e eleito um dos dez melhores livros de 2024 pelo The New York Times, 70 anos depois da publicação original, a prosa lírica e visceral do jornalista húngaro judeu József Debreczeni sobre o período de encarceramento e trabalho escravo que sofreu nos campos de concentração acaba de receber a primeira edição em português. Deixado em um “crematório frio”, onde prisioneiros doentes eram abandonados, Debreczeni contrariou as probabilidades e sobreviveu. (256 páginas; Editora Companhia das Letras; a partir de R$ 89,90)
“Histórias LGBTQIA+”, no Masp
O museu conclui a série de exposições temáticas do ano passado com “Histórias LGBTQIA+”. A partir da curadoria de Adriano Pedrosa e Julia Bryan-Wilson, a mostra reúne 150 obras que abordam a diversidade sexual em suas múltiplas facetas. Desde o sagrado ao profano, do amor ao ativismo, a mostra oferece um panorama abrangente da experiência queer e trans, com destaque para a crise do HIV/AIDS nos anos 80 e a produção de artistas como Andy Warhol, Leonilson e Mayara Ferrão, resgatando narrativas que por muitos anos foram apagadas no circuito da arte e da história. Até abril de 2025, o público poderá vivenciar essa jornada pela arte e pela história.